Manicures são psicólogas, amigas e, muitas vezes, conselheiras. Pelos salões de beleza do Brasil, ouvem lamúrias e desembestam a dar pitaco na vida pessoal das clientes mais fiéis. Já Henrique, Fábio e Guilherme não se atrevem a opinar. Manicures e técnicos em alongamento de unhas, enquanto cutucam dedos femininos suas respostas se restringem a "sim" e "não". "A mulher quer largar o marido e eu vou dar palpite? Aí complica", conta Guilherme, há dois anos no ramo.
Antes de começar a entender de esmaltes, Henrique de Oliveira era segurança, Fábio Lamira dava aulas de capoeira e Guilherme Santanna fazia carregamento de caminhão numa transportadora. Os três largaram as profissões e foram parar no Empório das Unhas, salão especializado em alongamento de unhas no bairro da Liberdade, em São Paulo. Suely Munekata, a proprietária, morou por seis anos nos Estados Unidos e lá percebeu que o barulho das unhas batendo nos teclados era diferente. O motivo? O hábito das americanas de usar unhas postiças.
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